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sábado, 24 de julho de 2010

Deparo - me com a água sobre meu corpo.
Em cada gota uma percepção.
Comparei meu corpo à cada comodo de minha casa.
A dispensa , ao meu coração.
Quanto mais cheio estiver, mais apertado fica.
O meu quarto , à minha cabeça.
Nela é onde penso e onde guardo meus segredos.
O meu cérébro a minha sala de estar.
Lá onde lembro tudo que já passei e assim planejo os próximos.
O encanamento e as minhas veias.
Por lá percorrem a forma de sobreviver.
Meus pés e minhas mãos à minha cozinha.
Onde toda minha raiva é despejada e assim penso em uma nova caminhada.

Autor : Oculto

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